Entrevista com Saba Chkheidze: A visão da BEON para os crash games e além
Friday 03 de October 2025 / 12:00
2 minutos de lectura
(Lisboa).- A Timeless Tech conversa com Saba Chkheidze, sócio-gerente da BEON, sobre jogos de colisão, o mercado brasileiro e a construção de soluções de iGaming escaláveis, justas e inovadoras.

Na Timeless Tech valorizamos os inovadores que estão transformando a indústria de iGaming. Nesta entrevista exclusiva, conversamos com Saba Chkheidze, Sócio-Diretor da BEON, um novo provedor que já chama a atenção com títulos crash como Fury Flight e Orizon.
Após uma carreira de sucesso na SmartSoft Gaming, Saba deu um passo ousado ao cofundar aBEON. Desde a criação de uma plataforma RGS robusta até o desenvolvimento de produtos adaptados ao mercado em expansão do Brasil, Saba compartilha sua visão sobre a evolução dos crash games, as estratégias para engajamento de jogadores e a importância das parcerias estratégicas em um setor altamente competitivo.
A Entrevista
Após uma trajetória de sucesso na SmartSoft Gaming, você decidiu se tornar Sócio-Diretor da BEON. O que motivou essa transição e quais oportunidades específicas você enxergou nesse novo projeto?
Como você sabe, a SmartSoft e sua equipe foram realmente como uma família para mim, e juntos alcançamos um enorme sucesso. Não foi fácil sair, mas acredito que permanecer muito tempo na zona de conforto não é bom. Senti que era um momento de “agora ou nunca”. Após sair, criei estratégias claras de curto e longo prazo para a BEON, acreditei na visão e segui em frente. Acreditar no que você faz é o combustível, por isso continuamos, mesmo que a jornada não tenha sido fácil. Em apenas alguns meses já alcançamos resultados fantásticos, e se continuarmos, em breve o mundo verá o que nossa equipe pode fazer.
O gênero crash se tornou um fenômeno global. Como o seu profundo conhecimento de mercado e do comportamento do jogador influenciará os jogos e serviços que a BEON oferecerá?
Os crash games se tornaram um enorme vertical dentro do gaming online. Os números são muito maiores do que qualquer um poderia imaginar. Podem parecer simples de criar, mas os detalhes que mantêm os jogadores engajados são muito mais complexos. Estudei esses jogos por anos, mas mesmo com esse conhecimento, ainda é desafiador competir com os títulos populares já consolidados no mercado. Essa é a realidade, mas com os parceiros certos, estratégias de marketing e promoção, acredito que podemos nos tornar uma estrela em ascensão nesse espaço.
Qual é a importância do estilo artístico e da diversidade de temas para atrair jogadores em um novo crash game, especialmente em títulos como Fury Flight e Orizon?
A arte é fundamental para todos os jogos. Graças ao nosso Diretor de Arte, temos uma execução visual sólida e uma visão criativa clara desde o início. Essa combinação é a razão pela qual Fury Flight e Orizon se destacam com visuais únicos que atraem novos jogadores imediatamente.
Quão cruciais são recursos como o “sistema Provably Fair” e o “RNG certificado” para construir confiança e fidelidade entre os jogadores?
A excelência técnica é nossa principal prioridade, como já dissemos muitas vezes — ela constrói a confiança dos parceiros e garante uma experiência perfeita para o jogador. Ser certificado por um laboratório de primeira linha e ter um sistema Provably Fair são ambos cruciais. O mais importante é que isso nos dá confiança e nos ajuda a conquistar a confiança dos nossos parceiros, garantindo que nossos jogos sejam seguros, justos e comprovadamente íntegros.
O mercado latino-americano, especialmente o Brasil, mostrou grande apetite pelos crash games. Como o portfólio da BEON será adaptado para atender a essa região em crescimento?
O Brasil é uma das melhores coisas que já aconteceram para os crash games e além. Embora haja algumas mudanças legais, acredito que o mercado continuará forte, e a BEON fará parte disso. Trabalhei com parceiros brasileiros por anos, o que nos dá uma visão clara sobre o que tanto os operadores quanto os jogadores apreciam. Estamos desenvolvendo produtos adaptados ao Brasil, ajudando operadores locais e internacionais a oferecer mais variedade e valor.
Como você vê a evolução do fenômeno crash no Brasil e como a BEON se manterá à frente da concorrência?
A resposta dos jogadores brasileiros ao surgimento dos crash games foi simplesmente fantástica. Acho que serviu como uma ponte para jogadores de apostas esportivas que migraram para o cassino. Crash continua extremamente popular, mas outros mecanismos estão ganhando espaço. Então, é claro, vamos impulsionar os crash games o máximo possível, mas não vamos parar por aí. Estamos preparando coisas ainda mais interessantes, que serão lançadas em breve.
Qual é o maior desafio técnico para garantir que um jogo como Fury Flight seja compatível com todos os dispositivos, sistemas operacionais e moedas no cenário global?
Ser provedor de jogos é menos complexo, do ponto de vista de negócios, do que ser operador de cassino ou fornecedor de plataforma. O modelo de negócios é mais simples, e por isso a excelência técnica deve ser a prioridade máxima. Alguns podem pensar que criar um RGS sólido não é desafiador, mas acredite, é sim. Ele deve ser adaptável a todas as plataformas e agregadores do mundo, suportar milhões de jogadores em um único título, permitir múltiplas promoções simultâneas e processar infinitos pedidos por segundo. Conseguir isso exige tanto a tecnologia certa quanto as pessoas certas — e, quando você tem ambos, pode dormir tranquilo à noite.
Como você vê a relação entre provedores de conteúdo e plataformas, e qual papel a BEON desempenhará nesse ecossistema?
Acredito que a indústria está evoluindo rapidamente. Estamos em uma fase de crescimento do jogo online que já entrou em sua próxima etapa e está encontrando seu “canal” de longo prazo. Nesse ambiente, parcerias próximas serão a fórmula de sobrevivência. Provedores de conteúdo e plataformas têm perspectivas únicas, e quando trabalham juntos podem descobrir a fórmula para o próximo grande sucesso. Um jogo de alto desempenho precisa de ambas as coisas — marketing e afiliação fortes, e gameplay igualmente sólido — porque uma sem a outra simplesmente não funciona. É por isso que vemos as parcerias estratégicas como muito mais valiosas do que expandir sem uma direção clara.
Qual é o maior equívoco sobre o mercado de crash que você gostaria de esclarecer para os operadores?
É simples: os operadores acreditam que focar em 1 ou 2 crash games principais é suficiente para o sucesso, mas nós temos uma abordagem diferente. Durante nossas negociações, os operadores não estão conversando com um provedor comum, mas sim recebendo de nós uma visão estratégica, bem analisada e diferenciada. Claro, não podemos mencionar tudo aqui, mas acredito que os resultados falarão por si mesmos.
Na sua experiência, como uma nova marca pode construir reputação em um mercado saturado por players consolidados?
A concorrência que enfrentamos como estúdio de jogos é realmente intensa. Novos provedores aparecem quase todos os dias, e muitos trazem produtos de qualidade. Esse é o resultado natural de um mercado que cresceu muito rápido. Mas não acredito que esse grande número de estúdios dure para sempre. Em dois ou três anos, veremos menos empresas, mas mais fortes, já que o mercado naturalmente filtrará quem não conseguir sustentar o ritmo. Nesse contexto, construir reputação significa representar algo mais do que apenas lançar jogos. Para nós, isso significa ser honestos em cada acordo, ser flexíveis o suficiente para nos adaptarmos mais rápido que outros e estar comprometidos em formar parcerias estratégicas que gerem valor real e mensurável. Essa combinação — transparência, adaptabilidade e verdadeira parceria — é o que acreditamos que levará a BEON adiante quando outros ficarem pelo caminho.
Quais são os principais objetivos da BEON em seu primeiro ano e quais métricas serão usadas para medir o sucesso?
O primeiro ano é crucial. Estamos finalizando-o com a construção de uma das melhores plataformas RGS da indústria, assinando acordos estratégicos e lançando até 10 jogos com diferentes mecânicas, além de ferramentas promocionais. Acreditamos que é um início sólido.
Quais lições-chave da sua ampla experiência em iGaming você trará para o seu novo papel na BEON?
No meu último cargo, tive a sorte de participar da construção de uma empresa desde o zero até se tornar um dos nomes mais respeitados da indústria em apenas cinco anos. Estive presente em todas as etapas dessa jornada. Mas, surpreendentemente, a lição mais valiosa que aprendi não foi sobre tecnologia ou mercado — foi sobre pessoas. Aprendi que uma equipe forte e motivada é o fator mais crítico para o sucesso a longo prazo. Quando você trabalha com pessoas que não apenas são experientes em suas áreas, mas também compartilham os mesmos valores culturais, visão e motivação, pode alcançar quase tudo. Na SmartSoft, muitas vezes me sentia inspirado apenas observando como minha equipe trabalhava — a criatividade, a dedicação, a forma como se desafiavam mutuamente (e a mim) para serem melhores. Esse sentimento é o que quero recriar na BEON, porque, no fim, tecnologia pode ser construída, estratégias podem ser copiadas, mas uma equipe verdadeiramente grande é insubstituível.
Quais são os principais diferenciais do portfólio da BEON que impulsionarão o engajamento e a retenção dos jogadores?
Criamos crash games com diferentes efeitos visuais para satisfazer o maior número possível de jogadores. Além disso, estamos lançando jogos com outras mecânicas populares e experimentais, investindo em promoções e marketing de afiliação. Com o apoio de nossos parceiros, acredito que os jogadores terão novas e interessantes formas de se entreter ainda mais.
Perspectiva Pessoal
Se você pudesse ter um superpoder que ajudasse diretamente no seu novo papel na BEON, qual seria e por quê?
Hoje em dia não há necessidade de desejar um superpoder, todos já temos um: a IA. A habilidade que eu gostaria de ter é a de me adaptar mais facilmente.
Como profissional, qual foi a lição mais importante que você aprendeu com um fracasso passado?
Provavelmente não direi nada novo, mas as pessoas deveriam realmente entender que os altos e baixos são as razões pelas quais a vida é interessante. Durante os fracassos, tendemos a dramatizar demais, mas não há necessidade. Acredito que todos já disseram pelo menos uma vez, inclusive eu: “foi bom que esse fracasso aconteceu, porque eu não estaria aqui hoje”, e é sempre assim após cada fracasso — continuamos repetindo isso.
Conclusão
A BEON pode ser um estúdio jovem, mas sob a liderança de Saba Chkheidze já está construindo seu próprio espaço no iGaming. Com foco em excelência técnica, criatividade artística e parcerias estratégicas, a empresa busca ser muito mais do que apenas um desenvolvedor de crash games: o objetivo é se tornar um parceiro confiável a longo prazo para operadores em todo o mundo.
Do Brasil aos mercados globais, a BEON está preparada para mostrar o que uma equipe motivada e uma visão clara podem alcançar. Como bem aponta Saba, os jogos mudam, as mecânicas evoluem, mas a confiança, a adaptabilidade e as pessoas sempre serão a verdadeira fórmula do sucesso.
Categoría:Gaming
Tags: Timeless Tech,
País: Portugal
Región: EMEA
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